sexta-feira, 5 de junho de 2009

Na Praça da Paz Celestial




Faz vinte anos um jovem solitário enfrentava o regime ditatorial chinês. Na Praça da Paz Celestial, o jovem franzino e desconhecido, conseguiu deter o avanço dos pesados tanques da ditadura do partido único.
As revoluções que conhecemos jamais conseguiram conciliar transformações profundas com democracia, afinal a democracia foi considerada um valor burguês. Grande engano. Foi assim na URSS e no bloco oriental europeu. O Estado, em lugar de tender a desaparecer, se fortaleceu.
O grande problema de Cuba não é só o bloqueio econômico, mas a impossibilidade de lidar com a liberdade e a democracia.
Aliás, o bloqueio econômico, imposto pelos Estados Unidos por décadas a Cuba, é um ato completamente ditatorial que os ideólogos justificam diante a ausência de democracia em Cuba.
Hoje a batalha pela democracia se trava também no ciberespaço. Na China, além de proibir manifestações políticas e a liberdade das pessoas de se organizarem social e politicamente, as autoridades proíbem o acesso à internet, mas também a Microsoft suspende os serviços de messenger aos países em conflito com os Estados Unidos, é o caso de Cuba.
A democracia, quando convém, é transformada pelo poder, em algo muito abstrato e utilizada como ideologia, para justificar a injustiça, as desigualdades e atos antidemocráticos. Pela defesa da democracia, Estados Unidos invadiu militarmente alguns países onde a democracia, a seu ver, estava prejudicada. Mas por outro lado, nunca condenou os países de ditaduras de longa duração: Chile (Pinochet), Nicarágua (Somoza)....pelo contrário, essas ditaduras contaram com seu firme apoio.

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