6:45. Toca o despertador. Acordo meu filho que, como sempre, resmunga. Chove outra vez. Olho de novo pela janela. A água inunda as calçadas. Um homem pedala sua bicicleta inaugurando um novo esporte aquático. Melhor não ir à escola hoje – disse o guri cabeludo cheio de sono. Eu deveria tê-lo ouvido. Mas como ele diz isso quase sempre, decidi sair mesmo assim, rumo ao colégio.
As ruas estavam um caos. Os carros pareciam perdidos como baratas tontas. Alguns voltavam, outros avançavam sem saber onde. Na Gonçalves Cháves os carros vinham em sentido contrário.
Navego no meio da rua para não flutuar. Vejo árvores no chão e pessoas que se dirigem a seus trabalhos com a água nos joelhos. Os mais humildes, perdem suas coisas e olham tristes e impotentes a água invadir suas casas. Totalmente abandonados pelas instituições. No Laranjal, as águas da lagoa, invadem a rua principal. Fácil culpar, pelo descaso, às chuvas de verão ou ao aquecimento global.
A chuva é inclemente. A água corre livre e solta pelo novo asfalto que é incapaz de absorvê-la.
Pelotas é um nome estranho para uma cidade. A primeira vez que ouvi falar de Pelotas, eu estava nas águas da Laguna de Xiloá, perto de Manágua. Eu estava vindo para Santa Maria fazer um mestrado. Um brasileiro que estava por lá, na mesma lagoa, falou de Pelotas e fez um comentário daqueles preconceituosos sobre a cidade. Ele também disse que Santa Maria ficava perto de Pelotas. Nunca imaginei que um dia moraria aqui.
Pelotas era a denominação dada a pequenas “embarcações” feitas de couro e em forma de pelota. Essas pelotas eram usadas pelos escravos para transporte. Alguns historiadores afirmam que muito antes, eram usadas pelos índios. Outros dizem que é de origem marroquina. Seja como for, o arroio que deu o nome à cidade, ficava quase coberto daquelas pelotas de couro. Por isso, o arroio passou a se chamar Pelotas e a cidade também. Quem sabe daqui a pouco cada habitante será dono de uma pelota para, nos dias de chuva, usá-la como meio de transporte.
As ruas estavam um caos. Os carros pareciam perdidos como baratas tontas. Alguns voltavam, outros avançavam sem saber onde. Na Gonçalves Cháves os carros vinham em sentido contrário.
Navego no meio da rua para não flutuar. Vejo árvores no chão e pessoas que se dirigem a seus trabalhos com a água nos joelhos. Os mais humildes, perdem suas coisas e olham tristes e impotentes a água invadir suas casas. Totalmente abandonados pelas instituições. No Laranjal, as águas da lagoa, invadem a rua principal. Fácil culpar, pelo descaso, às chuvas de verão ou ao aquecimento global.
A chuva é inclemente. A água corre livre e solta pelo novo asfalto que é incapaz de absorvê-la.
Pelotas é um nome estranho para uma cidade. A primeira vez que ouvi falar de Pelotas, eu estava nas águas da Laguna de Xiloá, perto de Manágua. Eu estava vindo para Santa Maria fazer um mestrado. Um brasileiro que estava por lá, na mesma lagoa, falou de Pelotas e fez um comentário daqueles preconceituosos sobre a cidade. Ele também disse que Santa Maria ficava perto de Pelotas. Nunca imaginei que um dia moraria aqui.
Pelotas era a denominação dada a pequenas “embarcações” feitas de couro e em forma de pelota. Essas pelotas eram usadas pelos escravos para transporte. Alguns historiadores afirmam que muito antes, eram usadas pelos índios. Outros dizem que é de origem marroquina. Seja como for, o arroio que deu o nome à cidade, ficava quase coberto daquelas pelotas de couro. Por isso, o arroio passou a se chamar Pelotas e a cidade também. Quem sabe daqui a pouco cada habitante será dono de uma pelota para, nos dias de chuva, usá-la como meio de transporte.
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