A última vez que eu voltei para Nicarágua foi em janeiro de 2005. Em Granada se iniciava o Festival Internacional de poesia. Hoje este festival tornou-se uma tradição. E não por acaso. Na cidade, junto a seu atrativo arquitetônico colonial, formaram-se gerações de poetas e escritores. Fazendo da cidade, uma espécie de capital cultural do país.
Depois de vários anos, voltava para Nicarágua. Voltar para o “paisito”, como dizem os uruguaios, concentrava em mim sensações confusas. Voltar é desfrutar todos os sabores da identidade nacional. Já no aeroporto do Panamá, primeira escala da viagem, curtia o sotaque nicaragüense. Muitos nicaragüenses acostumam fazer compras no Panamá.
Do Panamá para Manágua é um pulo. O avião cruza a fronteira com a Costa Rica. A paisagem muda radicalmente. Cúmplices, as nuvens desaparecem. Vejo as montanhas verdes que traçam a geografia. Os rios, que do alto parecem preguiçosos. Dá para ver claramente, as lagoas que se formaram nas crateras dos vulcões apagados.
O Lago Cocibolca devolve brilhante, os raios do sol. Parece que Granada dorme tranquila a seu lado.
O avião sobrevoa Manágua. Tento adivinhar as ruas, os pontos de referência. A saudade não impede que eu enxergue a feiúra dos barracos da periferia. Que ilusão. Falo da periferia como se Manágua tivesse um centro. Manágua é uma cidade que não existe. Destruída pelo terremoto de 72, Manágua é uma anti-cidade.
Talvez por isso, eu goste tanto de Granada. Granada é anti-tese de Manágua. E Pelotas é igual a Granada. Em Manágua, as ruas sumiram. As casas desapareceram. O outro lago, o Xolotlán ficou solitário e abandonado.
Fui para Granada onde, como disse no início, acontecia o I Festival de Poesia. Nicarágua, além de lagos e vulcões, é o país dos poetas. Se Rubén Darío é sem dúvida o mais importante, há outros poetas reconhecidos internacionalmente.
No final da década dos anos vinte eclodiu em Granada o movimento de vanguarda. Nessa época, os poetas se manifestavam em lugares públicos como a igreja “La Merced”. Hoje, os mesmos lugares são ocupados pelos poetas que participam dos festivais.
A primeira edição do festival de poesia foi dedicada aos poetas Joaquin Pasos e Ernesto Cardenal. Joaquin e Ernesto, junto com Joaquin Zavala Urtecho, fizeram parte do movimento de Vanguarda.
Neste festival participaram 90 poetas de 25 países do continente, inclusive do Brasil. Da platéia, ouvi atentamente o poeta brasileiro. E ali, no meio da multidão, senti saudades do Brasil.
Depois de vários anos, voltava para Nicarágua. Voltar para o “paisito”, como dizem os uruguaios, concentrava em mim sensações confusas. Voltar é desfrutar todos os sabores da identidade nacional. Já no aeroporto do Panamá, primeira escala da viagem, curtia o sotaque nicaragüense. Muitos nicaragüenses acostumam fazer compras no Panamá.
Do Panamá para Manágua é um pulo. O avião cruza a fronteira com a Costa Rica. A paisagem muda radicalmente. Cúmplices, as nuvens desaparecem. Vejo as montanhas verdes que traçam a geografia. Os rios, que do alto parecem preguiçosos. Dá para ver claramente, as lagoas que se formaram nas crateras dos vulcões apagados.
O Lago Cocibolca devolve brilhante, os raios do sol. Parece que Granada dorme tranquila a seu lado.
O avião sobrevoa Manágua. Tento adivinhar as ruas, os pontos de referência. A saudade não impede que eu enxergue a feiúra dos barracos da periferia. Que ilusão. Falo da periferia como se Manágua tivesse um centro. Manágua é uma cidade que não existe. Destruída pelo terremoto de 72, Manágua é uma anti-cidade.
Talvez por isso, eu goste tanto de Granada. Granada é anti-tese de Manágua. E Pelotas é igual a Granada. Em Manágua, as ruas sumiram. As casas desapareceram. O outro lago, o Xolotlán ficou solitário e abandonado.
Fui para Granada onde, como disse no início, acontecia o I Festival de Poesia. Nicarágua, além de lagos e vulcões, é o país dos poetas. Se Rubén Darío é sem dúvida o mais importante, há outros poetas reconhecidos internacionalmente.
No final da década dos anos vinte eclodiu em Granada o movimento de vanguarda. Nessa época, os poetas se manifestavam em lugares públicos como a igreja “La Merced”. Hoje, os mesmos lugares são ocupados pelos poetas que participam dos festivais.
A primeira edição do festival de poesia foi dedicada aos poetas Joaquin Pasos e Ernesto Cardenal. Joaquin e Ernesto, junto com Joaquin Zavala Urtecho, fizeram parte do movimento de Vanguarda.
Neste festival participaram 90 poetas de 25 países do continente, inclusive do Brasil. Da platéia, ouvi atentamente o poeta brasileiro. E ali, no meio da multidão, senti saudades do Brasil.
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