quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

William Walker


Eu tinha a idéia de que William Walker era um tosco filibusteiro, um mercenário, um louco. No entanto, a sua origem é distinta. Alias a palavra filibusteiro significaria pioneiro. Na Nicarágua, a palavra virou do avesso para significar bandido e invasor. E ele foi exatamente isso.
Walker nasceu no Tennesse, em 1824. Vinte anos depois, se formava em medicina. Viajou pela Europa e foi influenciado pela revolução de 1848. Em 1850, de volta aos Estados Unidos, formou-se em Leis. Sem exercer a profissão, dedicou-se ao jornalismo e se tornou sócio do semanário “Crescent”.
Foi para Califórnia, onde trabalhou como editor do San Francisco Daily Herald. Era a época da corrida do ouro (1848-49). Ali entrou em contato com aventureiros de toda espécie. Em 1853, se aventura na conquista da Baja Califórnia, que pertencia ao México. Soprava o vento do Destino Manifesto e ecoava o grito de “América para os americanos” (leia-se para os Estados Unidos). Em três de novembro de 1853, ele mesmo se denominou Presidente da Baja Califórnia. As noticias de suas aventuras contra os mexicanos se espalharam rapidamente. Na imprensa, a palavra filibusteiro era usada como sinônimo de pioneiro do progresso.
Sua fama chegou até Nicarágua, onde ocorria uma guerra civil entre conservadores e liberais. Foram os liberais que chamaram Walker. Granada era o berço dos conservadores e León dos liberais. Em 16 de junho de 1855, chegou Walker e seu bando. Em pouco tempo destruiu Granada, decretou o Inglês como língua oficial e reinaugurou a escravidão.

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