sábado, 18 de abril de 2009

Serrat

Serrat é um dos poetas e cantores que eu mais aprecio. No Brasil, pouquíssimas pessoas o conhecem, talvez pela barreira de ferro da língua, que tanto isola o Brasil da América hispânica, agora menos que antes. Quase ninguém sabe, mas um dos primeiros shows de Serrat foi no Brasil. Nos anos sessenta no Festival da Canção do Rio de Janeiro, ele cantou Penélope. Pelo que sei nunca mais voltou para o Brasil, mas tem visitado muito outros países da América Latina. Com Montevidéu, Serrat mantém uma relação constante e fiel, na Nicarágua se apresentou várias vezes. Eu nunca tive a oportunidade de assistir um show dele. Em novembro de 2007 fui para Montevidéu por motivos de trabalho. Ele e Sabina se apresentavam naquele final de semana. Os ingressos estavam esgotados. Um par de anos atrás, li num jornal uma matéria sobre ele, o articulista o chamava de “Chico Buarque da Espanha”. E realmente há algumas semelhanças com o cantor brasileiro: o comprometimento social e a crítica poética que permeia suas canções. Mas são as mesmas semelhanças com muitos cantores latino-americanos, como Daniel Viglietti e tantos outros. É de destacar suas parcerias com alguns poetas vivos, como Mario Benedetti, os dois fizeram um disco juntos, “El sur también existe” . Deste disco, gosto particularmente do poema musicado “Una mujer desnuda y en lo oscuro”. Em breve ela estará aquí. Também são clássicas suas músicas dos poetas espanhóis: Antonio Machado e Miguel Hernández.

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